Início » Monumentos » Anta do Tapadão
Por toda a região há diversos monumentos megalíticos visitáveis que comprovam a antiguidade destas paragens, como a Anta da Espanadeira, a necrópole megalítica do Vale d’Anta, a Anta do Couto dos Enchares, a Anta dos Penedos de S. Miguel, entre outras.
Mas é a Anta do Tapadão, em Aldeia da Mata que capta a atenção. Datada do ano 3000 A.C., é a segunda maior de Portugal. Datável de cerca do III milénio AEC, possui câmara circular provida de sete esteios de grandes dimensões, com uma média de alturas que ronda os 3,5m. O segundo esteio, na face norte, encontra-se partido, à altura do terreno. É coberta por uma grande mesa, de forma semi-circular e de diâmetro a rondar os 4m. Conserva ainda uma porça da mamoa original, pese embora muito erodida. Foi classificada como Monumento Nacional em 1910.
As antas são templos funerários, monumentos que, na origem, só eram visíveis como montículos artificiais, por vezes de grande imponência, espalhados pelos campos como enormes seios destacados na paisagem.
Por isso os arqueólogos chamam mamoas a esses túmulos de terra e pedras. Envolto na mamoa, o interior dos túmulos imitava um ambiente de gruta, estruturado com grandes lajes de pedra extraídas dos afloramentos rochosos, mais ou menos próximos.
Desde o exterior, penetrava-se no espaço reservado da intimidade telúrica por uma galeria baixa, fazendo um trajeto difícil, em que era frequentemente necessário rastejar, transpor degraus ou roçar ombreiras para chegar à cripta funerária, um espaço vagamente circular, escuro e, habitualmente, tapado em cima por uma grande laje.
Construídas na sua grande maioria entre o V e o III milénio antes da nossa Era e usadas por comunidades de pastores e agricultores, as antas são, juntamente com os menires, expressão de uma arquitetura monumental vulgarizada por toda a Europa Atlântica.
Outrora demarcando simbolicamente os territórios – e sacralizando-os de um modo que escapa às mentalidades de hoje – as antas chegaram até nós arruinada, tendo, na maioria, o tempo e os homens feito desaparecer as mamoas e partido esteios e lintéis. Destes monumentos pré-históricos restam sobretudo as carcaças pétreas, muitas delas de impressionante dimensão e que são um dos ex-libris da paisagem alentejana.
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