Pisão: Um sonho finalmente tornado realidade
Updated on 03/08/2021
A Barragem do Pisão vai ser uma realidade. Passaram cerca de 60 anos desde que se falou pela primeira vez na sua construção. Ao longo dos anos várias foram as promessas, os avanços esperançosos e os recuos dececionantes. Na sexta-feira, dia, 7 de junho, o Governo confirmou, de forma inequívoca, numa cerimónia realizada na Praça do Município, no Crato, e na presença de diversos ministros e secretários de Estado, que a obra vai mesmo avançar. Abrem-se, para o concelho do Crato e para o distrito de Portalegre, novas janelas de oportunidade, criando-se postos de trabalho e travando, de algum modo, um processo de desertificação que ameaçava ser dramático.
Perante centenas de pessoas o presidente da Câmara Municipal do Crato, Joaquim Diogo, acompanhado do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, do ministro do Planeamento, Nelson Souza, do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, do secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, do secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, assim como de representantes de diversos município do Alentejo e das inúmeras entidades que participaram nos vários estudos elaborados, congratulou-se com o facto de, finalmente, ter sido dado o passo decisivo para que avance a construção da Barragem do Pisão.
Trata-se de uma obra com um custo total estimado em cerca de 168 milhões de euros e cujo início deverá ocorrer em breve, logo que o projeto esteja definitivamente aprovado. Para já, e de acordo com o que foi publicado na sexta-feira em Diário da República, vão ser elaborados estudos e projetos ao mesmo tempo que será feita uma avaliação de impacte ambiental.
A construção da Barragem do Pisão foi anunciada após o Governo ter aprovado o relatório do grupo de trabalho que avaliou a viabilidade técnico-financeira do projeto hidráulico e de fins múltiplos.
O grupo de trabalho que elaborou o relatório final concluiu que existem diversas vantagens futuras resultantes da construção da barragem, nomeadamente no que concerne ao abastecimento público às populações, para a agricultura, para a mitigação às alterações climáticas, para a proteção da biodiversidade, para o reforço da investigação cientifica e da qualificação profissional, assim como para a criação de emprego.
Com a construção da barragem irá ficar submersa a povoação do Pisão, nas margens da Ribeira de Seda. Trata-se de uma pequena aldeia que tem apenas 60 habitantes, os quais irão ser realojados no Monte da Velha, bem próximo do local que irá ser coberto pelas águas, e também no Crato. Para a operação de realojamento dos habitantes estão previstos 10 milhões de euros.