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Roteiro turístico do Crato
“Crato – No coração do Alto Alentejo, bem integrado numa paisagem de relevo suave, ergue-se um concelho com uma História que remonta ao III milénio A.C.”
No Crato respira-se a pacatez de uma vila alentejana, enquadrada cenograficamente por belos solares barrocos que lhe dão um timbre de nobreza. Aqui e além os testemunhos dos inícios da urbe, nas casas de um só piso com portais medievais exibindo a enorme chaminé de lareira como elemento estruturante da arquitetura interior.
Quem desça a Rua 5 de Outubro, em direção à Praça do Município, passará pela interessante Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso - séc. XVIII - (1), em diálogo com o edifício da antiga cadeia (séc. XVIII) - hoje Biblioteca Municipal - que lhe fica defronte e justificou a sua construção. Ao fundo, já na antiga Rua do Arco - agora Rua Cavaleiros da Ordem Soberana e Militar de Malta - um notável e cenográfico palácio barroco setecentista capta as atenções, albergando o Museu Municipal (2).
Na Praça do Município, o olhar é atraído pela belíssima Varanda do Grão-Prior - séc. XVII - (3), vestígio mais visível de um antigo palácio desaparecido, tendo ao lado o edifício de arquitetura chã dos Paços do Concelho - séc. XVII – (4). Defronte, o elegante Palácio Sá Nogueira - séc. XVII- , com um mirante de recorte gracioso, já do séc. XVIII sobre a praça.
A meio da rua fidalga, chamada de José da Gama, avista-se a Igreja e Edifício da Misericórdia, conjunto do séc. XVII com importantes remodelações no séc. XVIII. Olhando na direção da ruela que aí vem ter, descobre-se a esbelta Torre do Relógio, de construção quinhentista, debruada a amarelo ocre.
Esse caminho conduz-nos à Igreja Matriz (5), de Nossa Senhora da Conceição, dotada de escadaria e torre sineira proeminente na frontaria, a que parecem conduzir os dois renques de laranjeiras da Rua de Santa Maria, mergulha as suas raízes no séc. XIII.
Subindo a Rua Dr. Teixeira Guerra, alcançamos o palácio do mesmo nome, construção de raiz manuelina, com ampliações barrocas. Conserva partes do antigo Paço do Castelo (6) e a memória dos casamentos régios aí celebrados: de D. Manuel I com D. Leonor (1518) e de D. João III com D. Catarina (1525).
Junto ao Miradouro do Castelo (7) desfruta-se de uma paisagem que chega às faldas da Serra de São Mamede, mesmo ao lado do que resta do Castelo (8), edificado em conjunto com as muralhas, no séc. XV, constituindo o arruinado testemunho da passagem pelo Crato das tropas espanholas, durante a Guerra da Restauração, em 1662.
Regresse pela Rua da Sobreira para apreciar o urbanismo medieval e manuelino.
As melhores épocas para a visita são a Primavera ou o Outono. De Inverno, os caminhos lamacentos dificultam o trajecto. No Verão, quando o sol escalda os campos, a saída deverá fazer-se bem cedo.
Partindo de Flor da Rosa, tome-se a estrada para Alagoa. Encontra-se ao Km 9 um desvio para a direita. Nesse caminho antigo, que segue na direcção dos Fortios e Portalegre, pode visitar-se a Anta da Espadaneira.
A partir de Gáfete e seguindo a estrada para Monte da Pedra, percorram-se 3 km até ao Vale d'Anta.
Ali encontra-se uma notável necrópole megalítica, recomendando-se a visita da Anta 1 do Vale d'Anta.
Viajando em veículo todo-o-terreno e tomando o estradão que, para sul, atravessa todo o Couto
Biscaia, é visitável a Anta do Couto dos Enchares.
Tome-se o florestal à esquerda e, chegando ao alcatrão, siga-se à direita para Vale do Peso e continue-se depois na estrada que conduz a Aldeia da Mata. Depois desta povoação, tomando a estrada que leva ao Crato e Flor da Rosa, são visitáveis a Anta Grande do Tapadão e, mais à frente, a Anta dos Penedos de São Miguel.
Desde o Crato, na estrada que para sul conduz a Alter do Chão, encontra-se à esquerda, após um fontanário de espaldar caiado, um estradão que conduz à Anta da Tapada dos Canchos.
Voltando à estrada para Alter, junto à estação de Caminho de Ferro do Crato, um estradão conduz ao monte dos Andreiros. Perto, encontra-se a Anta do Crato.
Deixando para trás a Estação de Caminho de Ferro, na estrada para Alter, é visível à direita a Anta da Coutada de Barros.
Boa visita!
A Rota dos Vinhos do Alentejo tem bases e objectivos semelhantes. O Concelho do Crato integra a Rota de São Mamede e permite ao visitante contactar com saberes antigos em terras onde a vinha começou a substituir a seara. Os vinhos do Alentejo estão entre os melhores do mundo.
No Concelho do Crato, a Herdade do Gamito associou-se à Rota dos Vinhos do Alentejo permitindo-lhe visitar as vinhas e as adegas, fazer provas de vinho e aceder aos postos de venda locais. Saiba mais informações no posto de Turismo.
Para mais informações: rotadosvinhosdeportugal.pt/rotas/alentejo ou Posto de Turismo.
Roteiro Turístico de Flor da Rosa (clique para abrir)
Código: CRT PR1
Localização geográfica: Crato
Tipologia: Linear
Temática dominante: História, megalitismo, ruralidade
Distância: 20,8 km
Duração aproximada: 5 a 6 horas
Tipo de piso: Caminhos rurais
Desnível acumulado: 321 m
Altitude mínima: 196 m
Altitude máxima: 300 m
Grau de dificuldade: Alto
Certificações: Homologado pela FPCM
Ponto de partida: Rua do Mosteiro, entrada do Castelo de Flor da Rosa
Coordenadas geográficas: N39º18'21"" W07º38'53""
Coordenadas geográficas: 39.305894º -7.648117º
Onde estacionar: Espaço livre para estacionamento no local.
Ponto de chegada: Anta do Tapadão – Após visita volte à Aldeia da Mata.
Coordenadas geográficas: N39º18'03'' W07º42'39''
Coordenadas geográficas: 39.3000954º -07.710968º
Contactos Úteis:
Turismo do Crato
Telefone: +351 245 997 341
E-mail: turismo@cm-crato.pt
Descrição do Percurso:
Este é um percurso que, pela sua dimensão, está preparado para quem gosta de longas caminhadas. São distâncias que se fazem curtas pela beleza das paisagens e pela calma do horizonte sem fim.
Sair de Flor da Rosa, cruzando o espaço urbano em direção às velhas azinhagas, caminhos de outrora que davam acesso às inúmeras fontes de abastecimento de água e ponto de encontro de aguadeiros, lavadeiras, namorados e contrabandistas. O caminho segue por entre velhos muros, pequenas hortas e olivais centenários até atingir a parte sul da Vila do Crato que circunda, seguindo então para norte por esse mesmo tipo de caminhos rurais. No ar sente-se o cheiro a madeira queimada, dos fornos de carvão que trabalham sem parar a produzir este ouro negro combustível. O percurso é bastante visível sempre por caminho rural, ora entre longas extensões de vinha, ora em eucaliptais, ora em campo aberto, onde normalmente se encontram manadas de vacas em pastagem. O destino final é a Aldeia da Mata, outrora povoado no meio de floresta e daí a sua designação.
Ao chegar ao destino, pode optar por terminar o percurso no meio da aldeia ou seguir um pouco mais para seguir por velho caminho de entre muros e, acedendo á estrada EN363, derivar à direita para dentro da propriedade onde se encontra o valioso testemunho megalítico da Anta do Tapadão.
O regresso deverá ser feito a pé até à Aldeia da Mata, onde termina o percurso.
Partida: Fonte Branca – Em frente ao Mosteiro
Chegada: Igreja Matriz de Flor da Rosa
Tipo de Percurso: De pequena rota por caminhos rurais, tradicionais e antigos
Época Aconselhada: Todo o ano.
Pontos de interesse ao longo do Percurso
Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa
Fonte Branca
Fonte do Álamo
Fonte do Laranjo
Moinho de Água em ruínas
Ponte em ruínas
Moinho de Água em ruínas
Ponte Romana
Moinho de Água em ruínas
Fonte do Pinheiro
Pelourinho
Fonte do Cortiço
Fonte do Vale
Igreja Paroquial Nossa Senhora das Neves
Cuidados Especiais e Normas de Conduta
Seguir somente pelos trilhos sinalizados;
Cuidado com o gado. Embora manso não gosta da aproximação de estranhos às suas crias;
Evitar barulhos e atitudes que perturbem a paz local;
Observar a fauna à distância preferencialmente com binóculos;
Não danificar a flora;
Não abandonar o lixo;
Fechar cancelas e porteiras;
Respeitar a propriedade privada;
Não fazer lume;
Não colher amostras de plantas ou rochas;
Ser afável com os habitantes locais;
Cuidado, em algumas zonas o piso poderá estar escorregadio e na transposição de pequenos muros.
Emergência
GNR - Crato
Tel. 245 996 275
Bombeiros Voluntários do Crato
Tel. 245 990 030
Centro de Saúde do Crato
Tel. 245 990 090
Caminhos de Santiago
Alentejo e Ribatejo-ERT
(Caminho nascente)
Etapa 16 (Alter do Chão – Crato)
Aqui, na antiga Ucrate, tomada aos mouros no século XII, e doada à Ordem dos Cavaleiros Hospitalários de Malta logo de seguida, está omnipresente a Cruz de Malta, atestando a importância que a vila teve no período medieval do Grão-Priorado do Crato, o qual incorporava uma extensa região que se estendia no que é hoje já parte da região Centro de Portugal.
Etapa 17 (Crato – Alpalhão)
Esta etapa tem início na vila do Crato, que tem como ponto de destaque o Mosteiro de Flor da Rosa, a mais importante igreja-fortaleza medieval portuguesa, concebida para sede da Ordem do Hospital no país e à qual se associava um mosteiro e um paço.
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